Exercícios sobre verbos com gabarito para 6ºano


**Gabarito no final**

O trecho reproduzido a seguir é o epílogo do livro O menino no espelho, de Fernando Sabino. Nele, o autor mistura episódios de sua infância com momentos de pura imaginação. Nesse último capítulo, o narrador terminou de contar suas aventuras e faz uma parada para refletir sobre tudo o que passou e, principalmente, sobre um encontro misterioso que acontece no primeiro capítulo do livro. Leia-o com atenção para responder às questões.

O HOMEM E O MENINO

PARO de escrever, levanto os olhos do papel para o relógio de parede: cinco horas. As sonoras pancadas começam a soar uma a uma, como antigamente em nossa casa.  
É um relógio bem antigo. Foi do meu avô, depois do meu pai, hoje é meu e um dia será do meu filho. Seu tique-taque imperturbável me acompanha todas as horas de vigília o dia inteiro e noite adentro, segundo a segundo, do tempo vivido por mim.  
Já contei várias proezas, aventuras, peripécias, tropelias (e algumas lorotas) do tempo em que eu era menino. Nada se compara ao mistério que eu trouxe da infância e que até hoje me intriga: quem era aquele desconhecido que um dia, depois da chuva, foi conversar comigo no fundo do quintal?  
Na hora pensei que fosse algum amigo da família, ou até parente: um velho primo ou tio que eu não conhecesse. Cheguei, mesmo, a achar que ele se parecia um pouquinho com meu pai — mas foi só impressão: quando perguntei quem ele era, papai me disse que não tinha a menor ideia, pois nem chegou a vê-lo. Minha mãe também não soube dizer, muito menos o Gerson ou o Toninho. A Alzira se limitou a dizer que me tinha visto conversando sozinho, como eu fazia sempre.  
Só restava perguntar ao Godofredo, mas o papagaio não queria saber de conversa comigo: seu entusiasmo pela nossa façanha libertando os passarinhos já havia passado.  
[...]
E não fiquei sabendo, e até hoje me pergunto: quem seria ele?

SABINO, Fernando. O menino no espelho: o que você quer ser quando crescer? Rio de Janeiro: Record, 1982. 

Questão 1
Observe:

“É um relógio bem antigo. Foi do meu avô, depois do meu pai, hoje é meu e um dia será do meu filho.”

Identifique em que tempo está cada um dos verbos sublinhados e qual é o sentido de usar cada um desses tempos na construção do sentido da frase.
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Questão 2
Releia:

“Na hora pensei que fosse algum amigo da família, ou até parente: um velho primo ou tio que eu  não conhecesse.”

A que momento a locução “na hora” se refere na narrativa? Como você chegou a essa conclusão?
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Questão 3
No trecho destacado em “quando perguntei quem ele era, papai me disse que não tinha a menor ideia, pois nem chegou a vê-lo”, fica evidente 

a) o uso de discurso indireto, pois o narrador usa suas próprias palavras para contar o que o pai disse.
b) a presença de discurso direto, pois é o próprio pai quem está falando.
c) o emprego de discurso indireto livre, pois há mistura da fala do narrador e do pai.
d) a presença tanto de discurso direto como de discurso indireto. 

Questão 4
No início do trecho, o narrador afirma: “Paro de escrever...”. O que ele poderia estar escrevendo? Com qual intenção?
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GABARITO COMENTADO

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