Plano de aula de Geografia 5ºano de acordo com a BNCC - EF05GE08 - Representações cartográficas

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Título: Representações cartográficas
Duração: 3 aulas

Introdução
Esta sequência didática propõe levar os alunos a refletir sobre o processo de criação de mapas e conhecer os conceitos de proporção e escala. Além disso, a sequência objetiva que os alunos reconheçam que as transformações na paisagem implicam mudanças nas representações cartográficas.

Objetivos de aprendizagem
Mapas e imagens de satélite – (EF05GE08)
Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes.

Recursos e materiais necessários
Lousa, giz, caderno, lápis, borracha, régua, mapa político do Brasil (impresso em papel sulfite A4), mapas, plantas e croquis com diferentes escalas, o planisfério de Cantino, planta antiga e atual de um município, imagens de satélite, fotografias aéreas, papel sulfite A3, canetas hidrográficas coloridas, lápis de cor.

DESENVOLVIMENTO

Aula 1
Duração: uma hora-aula
Organização dos alunos: em semicírculo; na sequência, em trios

Antes da aula, prepare uma seleção de mapas, plantas e croquis em diferentes escalas, para que os alunos observem formas distintas de representação cartográfica do espaço. É importante haver representações variadas, desde um mapa-múndi até uma planta de bairro. Os mapas poderão ser apresentados por meio de projeção digital, caso a escola possua esse recurso, ou poderão ficar expostos na sua mesa.

Inicie a aula com uma pergunta: “Como é possível representar, em um plano (em uma folha de papel), o espaço onde vivemos?”. É possível que os alunos respondam que representamos o espaço por meio de mapas, plantas, imagens de satélite, fotos aéreas, entre outros.

Em seguida, mostre as representações escolhidas previamente para a aula e peça aos alunos que identifiquem cada uma (mapa, planta, croqui, imagens de satélite e fotografias aéreas) e os espaços representados. 

Pergunte aos alunos qual é o ponto de vista usado em cada uma das imagens. Mostre que, dependendo da representação, a visão pode ser do alto (vertical) ou do alto e de lado (oblíqua). 

Comente que todas as imagens são representadas como se fossem vistas de uma certa altura. Após essa explicação, convide os alunos a imaginar que eles são os autores das representações apresentadas. Pergunte: “Qual das imagens foi produzida a partir de um ponto de vista mais alto?”, “Qual foi produzida a partir de um ponto de vista mais baixo?”.

Auxilie-os a organizar as imagens na seguinte ordem: primeiro as que representam as maiores áreas; depois, as que representam as menores áreas. Anote na lousa a ordem das representações. 

Peça aos alunos que se agrupem em trios para realizar uma atividade. Eles deverão pensar em duas utilidades para cada uma das representações, levando em conta o nível de detalhes aparente em cada uma. Exponha alguns exemplos para facilitar a compreensão: os mapas-múndi poderão não servir para localizar cidades ou reconhecer a rede viária de um estado, mas servirão para observarmos a configuração dos continentes e a localização dos países na Terra. A intenção da atividade é que eles reflitam sobre a utilidade de cada uma das representações de acordo com a sua escala.

No final da aula, oriente os alunos a registrar as respostas no caderno para, em seguida, concluir a atividade lendo as respostas para os colegas.

Aula 2
Duração:
uma hora-aula
Organização dos alunos: em semicírculo; na sequência, em duplas ou trios

Antes da aula, prepare a impressão de mapas políticos do Brasil (sugere-se o mapa político do Brasil do IBGE, destinado ao público infantojuvenil, disponível em:
<https://mapas.ibge.gov.br/escolares/publico-infantil/brasil>; O mapa deve ser impresso em papel sulfite A4, no tamanho original, para preservar a escala. Esses mapas serão utilizados para realizar uma atividade de ampliação de mapa.

Para esta aula, traga novamente os mapas, plantas e croquis, imagens de satélite e fotografias aéreas apresentados na aula anterior. Prepare, também, a impressão ou projeção, caso a escola possua esse recurso, de três representações cartográficas: o planisfério de Cantino, uma planta antiga e uma planta atual de um município brasileiro a sua escolha. Essas representações poderão ser obtidas em diversos sites.

No início da aula, mostre aos alunos o planisfério de Cantino, de 1502. Peça que observem o mapa e digam o que ele representa. Pergunte se eles conseguem identificar o Brasil no mapa. Peça que expliquem por que o Brasil está representado daquela forma no mapa. Neste momento, é importante informar aos alunos a data em que o mapa foi feito; se necessário, explique que foi elaborado logo após a chegada dos portugueses ao continente e que ainda não havia conhecimento suficiente sobre o território nem tecnologias para a elaboração de representações precisas do espaço. Pergunte aos alunos se esse mapa seria adequado para localizar elementos no espaço atualmente.

Apresente a planta antiga do município escolhido e indague os alunos: “Vocês conseguiriam se localizar utilizando esta representação do município? Por quê?”.

Em seguida, mostre a planta atual e proponha aos alunos que, com base na observação das duas plantas, imaginem as mudanças pelas quais passou a paisagem do município.

Explique a eles que, à medida que as paisagens mudam devido à ação do ser humano, as representações desse espaço também precisam mudar. Além disso, com a evolução das tecnologias e a capacidade de criar representações cada vez mais precisas, mapas e plantas devem ser constantemente atualizados.

Chame a atenção dos alunos para uma das representações apresentadas na aula anterior (que possua escala numérica ou gráfica). Pergunte se, com base na observação dessa representação, eles conseguem saber qual é a extensão real do espaço representado. Neste momento, explique à turma que, para sabermos a proporção de redução do espaço em uma representação, em relação ao espaço real, precisamos analisar a escala da representação. Informe aos alunos a escala das representações apresentadas. Comente com eles que a evolução das tecnologias, especialmente a partir do desenvolvimento dos aviões, satélites e da fotografia aérea, permitiu que os mapas fossem feitos com escalas cada vez mais precisas. Explique que a escala é fundamental para se obter as medida e distância no espaço representado.

Na lousa ou oralmente, apresente aos alunos o seguinte problema: 

Amélia decidiu passar as férias em uma cidade que não conhecia. Ao chegar ao hotel, ela se deu conta que havia esquecido de levar a sua escova de dentes. Amélia, então, desceu até a recepção do hotel e pediu ao recepcionista instruções para chegar à farmácia mais próxima. O recepcionista forneceu a Amélia uma planta dos arredores do hotel, na qual marcou, com uma caneta, o caminho a ser percorrido. Amélia agradeceu, pegou o mapa e se dirigiu à saída do hotel. Antes de iniciar o percurso, ela decidiu verificar quanto teria que andar até a farmácia, para decidir se iria a pé ou se seria melhor pegar um táxi. Para isso, Amélia observou que a escala do mapa era de 1:5000, ou seja, cada centímetro do mapa representava 5 000 centímetros, ou 50 metros, no espaço real. Usando a escala gráfica presente no mapa, que marcava um centímetro, Amélia mediu o caminho marcado, constatando que ele media aproximadamente 5 centímetros. Qual é a extensão real do caminho que Amélia terá de percorrer?

Dê um tempo para os alunos resolverem o problema individualmente. Em seguida, faça uma correção coletiva: se o caminho de Amélia, no mapa, mede 5 centímetros e cada centímetro equivale a 50 metros no espaço real, então Amélia teria que caminhar 5 vezes 50 metros, ou seja, são 250 metros, até a farmácia mais próxima.

Para compreender na prática como funciona a escala das representações cartográficas, proponha uma atividade de ampliação de mapas. A atividade poderá ser feita em duplas ou trios. 

Distribua a cada grupo o mapa escolhido para ampliação. Caso o mapa escolhido seja o sugerido (mapa político do Brasil do IBGE), ele deverá ser ampliado de uma folha A4 para uma folha A3. Para isso, peça aos alunos que construam, com lápis e régua, uma grade sobre o mapa (que está no formato A4). Defina o tamanho das quadrículas da grade; sugere-se que sejam de cerca de 2 x 2 centímetros. A quadrícula deverá ser feita com cuidado, para não distorcer o mapa ampliado. 

Peça que os alunos tragam o mapa com a grade para continuar o exercício na aula seguinte. 

Aula 3
Duração: uma hora-aula
Organização dos alunos: em duplas ou trios; na sequência, em semicírculo

Dê continuidade à atividade de ampliação do mapa. Para isso, distribua as folhas de papel sulfite A3 aos grupos. Na folha, eles deverão desenhar uma grade semelhante à que fizeram sobre o mapa que estava na folha sulfite A4, porém com seu tamanho dobrado. Assim, se eles fizeram quadrículas de 2 x 2 centímetros, na folha A3 as quadrículas deverão ter 4 x 4 centímetros. A grade ampliada deverá ter exatamente o mesmo número de quadrículas que a grade menor, ou seja, a mesma quantidade de linhas e colunas. Peça aos alunos que façam a grade a lápis, para que possam apagar depois.

Após terminar a grade ampliada, os alunos deverão traçar o mapa que estava na grade da folha de sulfite A4 para a grade da folha maior. Esse traçado deverá ser feito quadrícula a quadrícula, até completá-lo. Oriente os alunos a passar as curvas do mapa da primeira quadrícula para a folha de  sulfite A3; no entanto, explique a eles que as curvas deverão ser maiores, mantendo uma proporção com a folha de sulfite A3. Além disso, oriente-os a traçar o mapa primeiro com lápis, passando a caneta apenas quando o trabalho estiver satisfatório.

Considere o estágio de sua sala de aula em relação ao desenvolvimento desse assunto em matemática. Se tiver oportunidade encaminhe a seguinte atividade: Com o mapa completo, auxilie os alunos a construir uma nova escala. Para isso, use o exemplo do mapa político do Brasil do IBGE. O mapa original tem uma escala de 1:25000000, ou de 1 centímetro para cada 250 quilômetros. Se o mapa foi ampliado em duas vezes, isso significa que cada centímetro passou a representar uma distância duas vezes menor; ou seja, cada centímetro, agora, representa 125 quilômetros, ou 125000 metros. 

Peça aos alunos que criem a escala gráfica e completem o mapa, pintando as regiões de acordo com o mapa original e inserindo as demais informações: nome de estados e capitais, entre outros elementos.

No final da aula, promova uma conversa para que os alunos comentem o que acharam da atividade e o que aprenderam ao realizar a ampliação do mapa.

Aferição de aprendizagem
Observe a participação e o interesse dos alunos ao longo das aulas da sequência didática. Para avaliar a aprendizagem do conteúdo, observe se, na primeira aula, os alunos conseguiram compreender que as representações cartográficas podem representar o espaço com mais ou menos detalhes, de acordo com o ponto de vista do observador. Na segunda aula, é importante verificar se os alunos compreenderam que essa variação do ponto de vista nas representações cartográficas precisa seguir uma proporcionalidade em relação ao espaço real e que essa proporcionalidade pode ser calculada pela escala do mapa. Avalie, também, se eles compreenderam, com o auxílio do professor, que as mudanças nas paisagens resultam em alterações nas representações (plantas ou mapas).

Na terceira aula, observe se os alunos compreenderam que há necessidade de atualização constante de mapas e plantas à medida que as paisagens são modificadas e a tecnologia se desenvolve e que as novas tecnologias permitem a elaboração de representações cada vez mais precisas. Por fim, observe se, na última aula, eles compreenderam que as ampliações e as reduções de mapas implicam mudanças na escala.

Questões para auxiliar na aferição

1. O que podemos aprender sobre os lugares ao estudar representações cartográficas feitas em diferentes épocas?

2. Os mapas precisam passar por modificações? Como isso é feito?

Gabarito das questões

1. Com a observação de mapas e plantas de diferentes épocas, podemos entender como se deu o processo de ocupação dos lugares, o crescimento das cidades, a expansão de áreas de agricultura, entre outros aspectos.

2. Sim, os mapas devem ser atualizados sempre que houver alterações no espaço representado. Isso é feito por meio da produção de novas imagens de satélite e/ou fotos aéreas.

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